Os policiais militares deram início à greve branca em Mossoró e em várias cidades do estado nesta sexta-feira 28 de Outubro. Segundo informações no plantão da noite o caos tomou conta da cidade de Mossoró. As equipes que estavam saindo reclamando do atraso na substituição e os que deveriam assumir o plantão aquartelados em um movimento intitulado “Segurança com Segunça”.
Apenas duas viaturas de radio patrulhas conseguiram sair para o patrulhamento nas ruas da cidade de Mossoró. O comando do movimento alega que elas não apresentam condições de circulação.
No entanto, o comandante da corporação, o coronel PM Francisco Araújo Silva, nega a paralisação e garante que todas as viaturas estão em ordem e circulando.
Nota da Associação
Após deliberações ocorridas ontem na capital, hoje, 28/10, foi a vez dos policiais e bombeiros militares mossoroenses aderirem ao "Segurança com Segurança". A assembléia geral, que foi organizada pela Associação de Praças de Mossoró e Região - APRAM, transcorreu no auditório do Hotel Villaoeste onde, por unanimidade, os militares decidiram pelo engajamento no movimento. Tal manifestação consiste na exigência de condições necessárias para que tais profissionais exerçam suas atividades tais como: número suficiente de militares por guarnição, viaturas adequadamente equipadas (com extintor, estepe,etc), armamento, coletes e outros equipamentos utilizados em serviço. Todas as ações baseiam-se em regulamentos e princípios legais que norteiam suas funções.
Já na noite desta sexta, no interior do 2°BPM, durante a passagem de serviço (rendição) dos policiais que compõem as equipes de rádio patrulha, foram registrados vários atrasos e até "baixas" de viaturas que apresentavam diversas irregularidades como: ausência de estepe, licenciamento vencido, motoristas sem habilitação e curso de condutor de veículo de emergência. Tal fato retardou o início das atividades no teatro operacional, reduzindo consideravelmente o número de viaturas que fazem o patrulhamento ostensivo da cidade. Equipes de televisão estiveram no local e registraram o ocorrido in loco.
Os diretores da APRAM avisam que o movimento será constante e prometem fazer uma verdadeira fiscalização nas diversas unidades (companhias, pelotões e destacamentos) com circunscrição à Mossoró. Por fim, a entidade informa que tal movimento não está atrelado a qualquer reivindicação salarial, nem tampouco retaliação ao governo. As ações ora implementadas e cobradas pelas entidades visam tão somente o melhoramento do sistema de segurança público estadual, buscando sempre o devido aparelhamento com condições dignas de trabalho ao militar e, consequentemente, uma melhor prestação de serviço à sociedade potiguar.
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