Por Jornal de Fato
O Tribunal do Júri Popular da comarca de Baraúna julga nesta quinta-feira o segurança José Mateus Pereira da Silva, 46 anos, conhecido como “Neto Segurança”. Ele é acusado de matar, com um tiro de espingarda, no dia 8 de setembro de 2007, o soldado da Polícia Militar Ivan Alexandre da Costa, que tinha 40 anos. O soldado foi assassinado depois de receber um chamado para conter uma briga em um bar de Baraúna. Quando saía do local, Ivan foi alvejado com um tiro de espingarda calibre 12 e morreu na hora.
“Neto Segurança” se entregou à Polícia dias depois do assassinato e alegou que o tiro disparado contra o militar foi acidental. Mas o acusado foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo crime de homicídio qualificado, à traição ou emboscada e por porte ilegal de arma de fogo.
O soldado Ivan trabalhava no destacamento da Polícia Militar, em Baraúna, e conhecia o acusado do crime. “Neto Segurança” costumava atuar em algumas investigações, ajudando a Polícia, com informações sobre o tráfico de drogas na cidade. Na época do crime, a suspeita principal era de que o soldado tivesse sido morto a mando de pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Um outro policial militar chegou a ser preso na época do crime, junto com o filho e um irmão, suspeitos de envolvimento no crime. Todos foram soltos posteriormente.
De acordo com as investigações policiais, “Neto Segurança” teria chamado o soldado Ivan para atender uma ocorrência em um bar da cidade. Ele disse que estaria sendo ameaçado por José Martins da Silva, “Ceará”. Quando chegaram ao local, Ivan e mais dois policiais não encontraram o suposto autor das ameaças. Quando se preparavam para sair, foram abordar dois motoqueiros em atitude suspeita. Nesse momento, o soldado Ivan foi alvejado por um tiro de espingarda. Os colegas conseguiram ver “Neto Segurança” fugindo com a espingarda usada no crime.
Familiares do soldado Ivan devem presenciar o julgamento do acusado. De acordo com eles, a demora na conclusão do processo e o julgamento do caso geraram expectativa entre familiares e amigos. Desde o início da investigação, muitas linhas de raciocínio foram seguidas até se chegar ao real motivo do crime.
As investigações da Polícia apontaram que o acusado estaria atuando a mando de traficantes da cidade. Outros policiais militares do município estariam marcados para morrer, conforme informou o próprio acusado assim que foi preso.
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