Cezar Alves/Da Redação
Um aparelho de celular Motorola levou o delegado Inácio Rodrigues de Lima Neto, da Delegacia de Pau dos Ferros, ao esclarecimento, em detalhes, do assassinato do professor Carlos Magno Viana Fonseca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no dia 21 de novembro de 2011. O crime causou comoção em todo Oeste do RN.
Além de esclarecer, o delegado Inácio Rodrigues prendeu os suspeitos. São eles:
Francisco Rafael Leite Mendes, de 21 anos; (atirou no olho do professor).
Ivan Bueno de Sousa Junior, de 18 anos; (piloto da moto de Francisco Rafael)
Os outros envolvidos são:
Elias Rodrigues Nunes, de 21 anos (piloto da moto de Francisco Rodrigues);
Francisco Rodrigues de Oliveira, de 21 anos (planejou o assalto).
O professor não foi vítima de crime passional, como se cogitava anteriormente. “Foi latrocínio”, diz o delegado Inácio Rodrigues, durante entrevista Coletiva na Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE), de Mossoró, na companhia dos delegados Odilon Teodósio (Divipoe), Cleiton Pinho (Regional) e José Carlos de Oliveira (delegado polícia Civil do interior).
Latrocínio quer dizer que foi assalto seguido de assassinato da vítima. O crime foi planejado por Francisco Rodrigues. O alvo não era o professor. Era um comerciante de Coronel João Pessoa, de quem a quadrilha pretendia tomar R$ 600,00 de assalto e executá-lo com um tiro na nuca, pois havia uma previsão dos assaltantes da vítima reconhecer Junior.
Na noite do dia de 21 de novembro, conforme a confissão dos suspeitos, Francisco Rodrigues e Elias Rodrigues, ficaram perto do quiosque da vítima para sair seguindo-o. Só que o comerciante não saiu do trabalho. Junior e Rafael, que estavam fazendo a emboscada, decidiram assaltar qualquer que passasse, foi quando apareceu o professor Carlos Magno.
Junior deixou a moto em cima dele e simulou um acidente na descida da serra. Quando o professo parou para ajuda-lo, Rafael, portando o revólver de Francisco Rodrigues, o rendeu. Neste momento, vinha um carro, e os assaltantes tentaram colocar o professor na mala, mas este teria tido uma reação e Rafael disse que atirou. “Eu pensei que ele ia pra cima de junior”.
Depois do crime, Rafael e Junior dividiram os R$ 90,00 tomados de assalto de Carlos Magno com Francisco Rodrigues e Elias Rodrigues. Cada um ficou com 20,00. O resto foi pra gasolina da moto. Elias foi embora para São Paulo. Junior vendeu o telefone celular roubado da vítima para Augusto César de Freitas, que é do Goiás, e estava passeando na região.
O delegado descobriu e, ao prender Augusto César, este apontou de quem comprou o aparelho, no caso havia sido de Junior, que confessou tudo e entregou os demais envolvidos. Elias foi preso na cidade de Santa Barbara do Oeste, em São Paulo, e levado para a delegacia da cidade de Nova Odécima, no mesmo estado. “Na próxima segunda-feira, eu vou busca-lo”, diz o delegado Odilon Teodósio.
Inácio Rodrigues disse que nos próximos dias vai enviar o inquérito a Justiça, indiciando os suspeitos, que poderão pegar de 12 a 30 anos de prisão por assalto seguido de morte.
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