O ex-prefeito de Umarizal, o empresário Manoel Paulo Cavalcante, o "Neo", procurou a Redação do JORNAL DE FATO para se explicar a respeito de denúncia protocolada na Justiça Federal pela Procuradoria da República, pedindo a condenação de até 12 anos de prisão por supostos desvios de recursos públicos da educação.
O MPF registra que o Ministério da Educação enviou R$ 50 mil para construir uma escola e R$ 25 mil destes recursos não foram aplicados. Os recursos chegaram a Umarizal através de um convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), destinado à construção de escolas de ensino fundamental na cidade. Como Neo não prestou contas, o TCU fez uma tomada de contas e teria verificado os indícios de desvios.
Em sua defesa, Neo disse que realmente recebeu os R$ 50 mil, através de um esforço do deputado federal Henrique Eduardo Alves, do PMDB, e investiu integralmente na construção da Escola Padre José Sauê, no bairro Caraíba, em Umarizal. "O que aconteceu é que meu contador pensou que só precisava prestar conta dos recursos junto ao Tribunal de Contas do Estado e não prestou contas junto ao Tribunal de Contas da União. O erro foi do contador", explica o ex-prefeito Neo.
Sobre o pedido de condenação, Neo disse que vai juntar todos os documentos na Prefeitura de Umarizal provando que investiu os recursos na Escola, inclusive com fotografias das obras e se necessário até depoimentos de professores da época que ele era prefeito da cidade, para comprovar que os recursos não foram desviados. "Eu errei, porque o contador deixou de prestar contas do Convênio com o FNDE em não por desviar recursos públicos, como afirma a matéria publicada", defende-se Neo.
Sobre o cheque de R$ 25 mil dos recursos que o ex-prefeito admitiu na Polícia Federal ter sacado na boca do caixa, Neo explicou que foi para pagar pelos serviços da obra. O processo está tramitando na 12ª Vara da Justiça Federal em Pau dos Ferros, de onde o ex-prefeito diz que aguarda ser citado para apresentar a defesa, que será feita na Justiça Federal pelo advogado Marcos Araújo, de Mossoró. "Estou tranquilo. Vou provar que não desviei Recursos, que a escola foi construída e está servindo à comunidade", conclui Neo.
Fonte: Jornal De Fato
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