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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Emoção marca sepultamentos dos policiais civis mortos por bandidos



Centenas de pessoas, entre familiares, amigos e colegas de trabalho, acompanharam o velório e o sepultamento do agente de Polícia Civil Antônio Pereira Pinto Neto, que morreu ontem após ter sido baleado durante um confronto com bandidos em São José do Mipibu. As polícias civil e militar continuam as diligências em busca dos três criminosos que conseguiram fugir logo após o enfrentamento, ocorrido na noite de segunda-feira, quando Neto e Jovanez de Oliveira Borges foram atacados. Irmão do comandante de Policiamento Metropolitano, o coronel Wellington Alves, o policial civil Antônio Neto foi enterrado no cemitério de Nova Descoberta, na zona Sul de Natal, por volta das 10h20 de hoje. No último adeus, uma salva de tiros, efetuados por agentes da civil, consternados com a perda dos dois companheiros de trabalho, que foram alvejados quando trabalhavam. Muitos policiais militares também compareceram ao velório e sepultamento.
Antônio Pereira Pinto Neto
Durante o sepultamento, muitos companheiros de trabalho do policial civil lembraram, com carinho e saudades, dos momentos de trabalho divididos com o agente Neto, como era chamado. Na instituição há cerca de 15 anos, era conhecido pela coragem e iniciativa em suas atividades diárias, como lembrou o agente Marcílio Laurentino, que o conheceu há oito anos. “Quando soube da notícia da morte dos dois colegas, ficamos todos muito tristes e abatidos. Eu trabalhei em várias operações e abordagens policiais com o Antônio Neto, que sempre foi muito destemido, corajoso e enfrentava todo tipo de operação, mesmo sem termos uma estrutura favorável para atuar. Trabalhamos juntos durante uma época, quando atuamos na delegacia de Ponta Negra”, disse Marcílio. Antônio Neto tinha 48 anos de idade e deixou esposa e três filhos, sendo um de oito anos e dois adolescentes.
Jovanez de Oliveira Borges
Ele era irmão do coronel Wellington Alves, que permaneceu a maior parte do tempo abatido com a perda. Neto ainda chegou a ser socorrido com vida para o Hospital Walfredo Gurgel, onde foi submetido a três cirurgias, mas não resistiu e faleceu na manhã de ontem. Já o corpo do segundo policial civil executado pelos bandidos foi sepultado sob forte comoção no final da tarde de ontem, no cemitério Morada da Paz, em Emaús, Parnamirim. Jovanez de Oliveira Borges tinha 42 anos e deixou esposa e dois filhos, de três e oito anos de idade. Ele morreu ainda no local do crime, após ter sido atingido por vários disparos de fuzil, disparados pelos quatro bandidos que estavam em uma caminhonete roubada. Equipes das polícias militar e civil continuam as diligências em busca dos bandidos que participaram do confronto. Até o momento, apenas um, identificado como Marco Aurélio Amadeus Alves, foi encontrado, mas morreu após trocar tiros com a polícia, na madrugada de ontem.

Cardoso Silva

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