As entidades representativas da Polícia Militar, dentre elas a Associação dos Cabos e Soldados, participaram de reunião com o Secretário de Administração e Recursos Humanos, José Anselmo de Carvalho Júnior, na tarde de ontem. A expectativa era receber uma resposta a proposta de subsídio apresentada ao governo. Mas segundo o secretário de Administração, a proposta apresentada é impraticável e que não há uma contraproposta definida para apresentar a categoria, pedindo mais uma semana para preparar essa proposta e marcando uma nova reunião para o dia 27 de setembro.
No Dia do Soldado, 25 de agosto, a governadora garantiu que acatava as reivindicações da categoria e o subsídio seria aplicado de forma parcelada e que estava aberto o canal de negociação com a equipe econômica. Esse mesmo discurso foi reiterado no dia 07 de setembro, no Quartel do Comando Geral.
“A tropa está indignada, revoltada e não suporta mais ser enrolada. O fato do governo ainda não ter contraproposta, apesar de ter recebido a proposta de subsídio em março de 2011, demonstra uma tentativa nítida de ganhar tempo e, acima de tudo, de desvirtuar uma luta que não se resume apenas ao subsídio, mas também ao estatuto e código de ética. Nossa posição é de fortalecer o diálogo e exaurir o canal de negociação, mas as atidudes do governo tem colocado em cheque a negociação. Nos quartéis a palavra mais ouvida é a paralisação das atividades. Ontem, ratificamos que não aceitaremos que o valor do salário do soldado seja inferior a R$ 3.500”, afirma o Cabo Jeoás, presidente da ACS PM/RN.
Após a reunião os representantes de todas as entidades representativas dos policiais militares se reuniram e marcaram uma assembleia geral para o dia 04 de outubro.
O subsídio propõe um reajuste salarial para policiais e bombeiros militares em que o coronel receberá um salário igual ao do delegado especial da Polícia Civil e o soldado 20% desse valor, com uma diferença de 5% a cada graduação. Nessa proposta o salário do soldado será de R$ 3.447. “Essa não é a proposta original elaborada pelas entidades. A proposta encaminhada ao governo já teve o impacto na folha reduzido em aproximadamente 50% da reivindicação original”, disse o Cabo Jeoás.
Também participaram da reunião o secretário de Segurança Pública, Aldair Rocha, o Comandante da Polícia Militar, Cel. Araújo, o Comandante do Corpo de Bombeiros, Cel. Dantas.
Fonte: Nosso Pau dos Ferros
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